Facção criminosa GDE volta a expulsar moradores do bairro Conjunto Palmeiras em Fortaleza



A facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) voltou a expulsar famílias residentes de bairros localizados na periferia de Fortaleza. O caso mais recente, registrado pela Polícia Civil nessa quarta-feira (21), aconteceu no Conjunto Habitacional Maria Tomásia, dentro do bairro Conjunto Palmeiras.

Conforme investigações preliminares do 30º Distrito Policial, há dois dias, pelo menos três famílias foram expulsas do conjunto habitacional. Para cada expulsão foi aberto um inquérito. O titular da delegacia, Maurício Júnior, afirmou que a motivação para os crimes seria disputa por território para o tráfico de drogas.

\"Eles não querem que as pessoas de outras facções habitem o mesmo espaço. Não aceitam que os rivais vindos de outros bairros morem ali. Estamos apurando nesses três inquéritos se essas famílias expulsas têm algum envolvimento com o crime\", disse o delegado.


Também de acordo com a Polícia Civil, as ocorrências de famílias expulsas das suas casas vem acontecendo desde o fim do ano passado. Nas últimas semanas, só no Conjunto Palmeiras foram contabilizadas 15 ocorrências desta tipologia.

\"Nós identificamos alguns suspeitos e estamos fazendo levantamento para identificar o restante. Depois da quarta-feira, as investigações foram intensificadas. As vítimas, muitas vezes, não querem dizer quem invadiu por temer represálias. Sabemos quem são alguns dos mandantes destas ações e, em breve, eles estarão presos\", garantiu Maurício Júnior.

O delegado acrescentou que o policiamento feito no bairro é adequado, e \"mesmo assim a criminalidade vem avançando\". De acordo com o titular do 30º DP, nos últimos dias, outras localidades registraram casos de expulsões de moradores.

Expulsões no Barroso II


Em janeiro deste ano, dezenas de famílias foram expulsas pela mesma facção no Barroso II. As pessoas deixaram suas casas uma semana após pichações ameaçadoras se espalharem pelos muros da comunidade.




A Polícia chegou a realizar uma força-tarefa na região, mas muitos imóveis ficaram desocupados.

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE 

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